A alergia é um processo bastante comum do nosso corpo. Quando ocorre nos olhos, a alergia é uma resposta do sistema imunológico na tentativa de combater um agente externo (chamado de alérgeno), que pode ser trazer algum dano para a visão. Entre os tipos mais comuns de alergias oculares estão as conjuntivites alérgicas.
Em geral, as alergias oculares são causadas por:
- Pólen;
- Pelos de animais de estimação;
- Ácaros;
- Mofo;
- Fumaça de cigarro;
- Poluição;
- Poeira;
- Perfume.
Existem quatro tipos principais de alergias conhecidas como conjuntivites alérgicas. São elas:
- Conjuntivite sazonal: é o tipo mais comum, em geral ocorre de forma associada a outras condições do paciente, como rinite ou asma.
- Ceratoconjuntivite atópica: afeta principalmente pessoas com mais de 40 anos, com quadro simultâneo de dermatite atópica (eczema). Pode resultar em olho seco e na obstrução do canal lacrimal, além de frequentemente trazer riscos associados ao comprometimento da córnea.
- Conjuntivite primaveril: mais frequente em regiões de clima quente e seco. As crises são mais frequentes na primavera e no verão e afeta principalmente meninos, dos 7 aos 10 anos. É preciso cuidar para que não haja desenvolvimento de outras doenças como consequência do tratamento de longo prazo.
- Conjuntivite papilar gigante: é bastante associada ao uso incorreto de lentes de contato, incluindo má higienização, uso das lentes por mais tempo do que o recomendado ou de forma não indicada. Este tipo de conjuntivite é caracterizado pela presença de papilas gigantes na pálpebra superior.
Vale reforçar que as alergias oculares são formas não contagiosas de conjuntivites – diferentemente das conjuntivites causadas por infeções virais ou bacterianas, que são altamente contagiosas.
Os sintomas das alergias oculares incluem vermelhidão, inchaço das pálpebras, lacrimejamento e coceira nos olhos. O correto diagnóstico da conjuntivite alérgica precisa ser feito por um oftalmologista.
Tanto crianças quanto adultos podem sofrer com as alergias oculares, sendo a condição mais comum em pessoas que já manifestam outros tipos de alergia, como rinite, asma ou mesmo alergias na pele.
Se não diagnosticada e tratada corretamente, as alergias oculares ou conjuntivites alérgicas podem se prolongar, trazendo risco de danos à visão. Por isso, ao identificar os sintomas, os pacientes devem buscar ajuda especializada junto ao oftalmologista, que recomendará o tratamento adequado para cada caso.
Cuidado: coçar os olhos pode ser mais perigoso do que você imagina!
Um dos graves riscos da alergia ocular é decorrente da coceira. Além de agravar a vermelhidão e o inchaço nos olhos, a pressão exercida pelos dedos ao coçar pode lesionar áreas importantes dos olhos e levar ao desenvolvimento de outras condições sérias, como o ceratocone. O ceratocone é caracterizado por uma deformidade na córnea, que se torna mais fina do que o normal. Em casos graves, o tratamento do ceratocone pode demandar até o transplante de córnea.
Como prevenir a alergia ocular?
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Sintomas da alergia ocular
Entre os sintomas comuns da alergia ocular estão:
- Coceira (é o sintoma mais característico e frequente da alergia ocular);
- Vermelhidão;
- Queimação;
- Inchaço das pálpebras;
- Lacrimejamento ou liberação de uma secreção aquosa;
- Sensibilidade à luz.
Diagnóstico da alergia ocular
O oftalmologista é o profissional indicado para fazer o diagnóstico da alergia ocular. Ele é capaz de diferenciar se os sintomas apresentados são de fato decorrentes de uma conjuntivite alérgica, por exemplo, ou de uma infecção ocular.
Para confirmar o diagnóstico da alergia ocular, o médico analisa os sintomas através de um exame clínico. Ele checa, entre outras coisas, a presença de vasos sanguíneos dilatados na superfície dos olhos. Em casos mais graves e/ou persistentes, o oftalmologista pode ainda solicitar exames específicos para indicar a causa da alergia com mais precisão.
Tratamento da alergia ocular
O primeiro passo no tratamento da alergia ocular é a identificação e, sempre que possível, o controle da exposição ao agente causador. Além disso, o oftalmologista pode prescrever colírios capazes de diminuir ou barrar a reação alérgica nos olhos, aliviando os sintomas de forma significativa e muitas vezes imediata.
Com o objetivo de proteger a superfície dos olhos e diluir a quantidade de alérgenos presente, o médico pode recomendar também o uso de lágrimas artificiais. Outro benefício do uso de lágrimas artificiais no tratamento das conjuntivites alérgicas é evitar o ressecamento ocular, que pode ser provocado pelo uso de antialérgicos sistêmicos.
Se os sintomas persistirem ou forem muito intensos, o médico pode ainda associar os colírios a outros medicamentos orais e até mesmo injetáveis para controlar o processo alérgico.
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